O tempo talvez seja o nosso melhor amigo, mas se torna o pior inimigo dos apaixonados. Já se passavam dois meses longe de casa, mas ele ainda me perseguia.
Boooomm...
- Quem está ai? Levanto da cama assustado.
- Anda fala! O que você quer?
- Brian... Brian... Brian... Aquele sussurro vinha dilacerando minha nuca causava-me arrepios.
- Sai daqui! (gritando).
- Brian! O que está acontecendo me fala?
- Julio é ele de novo me ajuda, por favor?
- Eu ouvi você gritando e vim correndo, você está tendo aqueles pesadelos novamente?
- Não é pesadelo Julio, é real me ajuda...
Abracei forte Julio como se fosse à única coisa que me protegia contra ele. Essas últimas semanas haviam se tornado uma tortura para mim, ele me perseguira todas as noites eu não pudera mais ficar só.
- Fica calmo Brian, eu posso dormir aqui para lhe ajudar.
- Tudo bem, eu não aguento mais tudo isso, é como se ele gritasse em minha cabeça quando estou dormindo.
- Tudo bem, digamos que não sejam sonhos, mas quem é essa pessoa então?
- Eu não posso dizer!
- Como eu vou lhe ajudar?
- Não me deixe sozinho.
Naquela noite Julio dormiu em meu quarto, era como se a presença dele o afastasse de mim, me sentia protegido mesmo sabendo que aquele monstro nunca me deixaria em paz.
- Bom dia!
- Nossa consegui dormir bem essa noite.
- Ainda bem, Porque o senhor Mauro estava pensando que você realmente estava louco.
- Não sei por quanto tempo continuarei lúcido!
O dia foi muito animado na clínica, afinal era meu aniversário, não conseguia parar de pensar no Pietro era como se ele estivesse me esperando, eu estava muito triste, até que ouço um barulho, eram os portões da clínica sendo abertos.
- Quem será que está chegando em?
- Não tenho a mínima ideia, deve ser algum novo paciente!
- Parece ser uma mulher...
- Muito bonita a senhora em.
- Meu Deus!
- O que foi?
- É minha mãe!
Vou correndo em direção á minha mãe que me abraça forte e me faz um afago na cabeça, não consigo conter a emoção e caio em prantos.
- Mãe... Tira-me daqui, por favor!
- Eu vim fazer isso meu filho, você vai sair desse lugar horrendo.
- Eu te amo mãezinha...
Seguimos minha mãe e eu em direção ao meu quarto para recolher minhas poucas coisas que restavam ali.
- Brian...Você está ocupado?
- Oi Julio não estou não, essa daqui é minha Mãe, Sônia!
- Oi prazer eu trabalho aqui na clínica.
- Que bom conhece-lo, parece que você cuidou bem do meu filho.
- Eu gosto muito do Brian...
Enquanto os dois conversavam ele voltava a me chamar em minha mente, era como se estive-se querendo me abraçar podia sentir seu cheiro.
- Brian...Brian...Brian...
- Para me deixa, por favor! Disse-lhe gritando.
- Meu filho o que houve?
- Sai daqui! Seu desgraçado vai embora, me deixa, por favor.
- O que está havendo com ele Julio?
- Eu não sei dona Sônia.
Depois de certo tempo consigo me acalmar e finalmente aquela coruja maldita foi embora, seguimos minha mãe e eu para nossa casa, a despedida de Julio não fora fácil para mim, mas a esperança de ver o meu amor era muito grande e supria qualquer dor existente.
- Finalmente chegamos mãe cadê o Pietro, estou louco para vê-lo?
- Hum... Meu filho tem algo que eu tenho que lhe contar.
- Fala mãe estou curioso anda!
- O Pietro desapareceu.
Aquilo ecoava dentro de minha cabeça como se fosse um labirinto, meu corpo paralisado, meus olhos ardiam como se o sol quisesse me deixar fora da vida, era o fim, o grande amor da minha vida estava desaparecido.
- Por favor, diga que isso é mentira eu quero ver ele mãe.
- Meu filho olha ninguém sabe o que houve. A única coisa que descobrimos foi que seu pai bateu em você te internou naquela clínica e depois sumiu.
- (gritando) Não, Não, Não, isso não é verdade por que você está mentindo pra mim em? Fala logo onde ele está!
- (chorando) Filho eu juro não sei onde ele está...
Naquele instante aquela visão atormentadora que me acompanhava desde a clínica começa a me provocar.
- A culpa é sua Brian... Você o matou...
- Me deixa em paz seu desgraçado!
- Meu filho o que é isso? Você está bem? Responda-me Brian! Fala com a sua mãe, por favor.
Tudo se apaga de repente, começo a viajar dentro da minha própria mente, vejo que o Pietro já não pertencia mais ao meu mundo, tudo aquilo que eu sempre sonhei estava me deixando e fazendo minha alma padecer a cada minuto.