Abro meus olhos vejo uma luz forte, sinto-me estranho, começo a me lembrar da noite passada, olho para o lado vejo Anitha, minha namorada, vou para o banheiro me lavar, logo depois tomo meu café, indo para a escola percebo que alguém estava me seguindo, levo um susto, era Elber meu melhor amigo, ele era considerado o maior pegador da escola, mas na verdade ele era virgem, tudo não passava do orgulho bobo dos héteros, pergunto-lhe como foi à festa do seu aniversário, ele me responde com um silêncio mortal, odeio quando isso acontece, prefiro não insistir, chegando à escola logo avisto Karina, irmã de Anitha, de cara vem questionando sobre o paradeiro de sua irmã, digo que ela está na minha casa, ela fica transtornada começa a armar o maior barraco, o diretor vem e me repreende, ele não gostava de mim e fazia de tudo pra me expulsar da escola, achando ser minha a culpa do barraco me manda direto pra sua sala, me desespero quando vejo que ele vai ligar pra minha mãe, lhe imploro para não fazer aquilo, mas ele não me ouve.
Minha mãe chega à escola e vai direto me dando bronca, a dona Sônia não era fácil, me levou para casa tirou minha internet por um mês, fiquei com muito ódio, mas nada do que eu falar-se iria adiantar, pois eu já havia aprontado muitas, vou para meu quarto, e começo á ouvir música, morávamos em um bairro nobre, minha mãe trabalha em um Hospital particular e meu pai morava na Espanha, era um advogado, eu namoro Anitha á um ano, gosto dela, mas às vezes acho que preciso de algo mais, que uma mulher não pode me dar, meu melhor amigo chamasse Elber conheço-o desde criança, ele sabe tudo sobre minha vida.
Adormeço ouvindo música, no outro dia vou para a escola sem tomar café, chego lá e ainda há poucas pessoas, de-repente vejo um rapaz da minha idade, deveria ter uns 18 anos, eu não sei oque ouve comigo, mas eu me interessei por ele, era uma coisa estranha ela era lindo, ombros largos olhos verdes pele morena e um cabelo negro como a noite, ele fica avulso no meio das pessoas, eu ainda tonto por ele vou a sua direção, pergunto seu nome, ele diz: “Pietro”, fico ainda mais eufórico, digo a ele: “prazer me chamo Brian”, ele me retribui com um aperto de mão e um belo sorriso, lhe acompanho até a sala, conversamos a aula toda vou para casa e fico a tarde toda pensando, no que havia acontecido hoje, será que eu estava gostando de Pietro? Ou pior, será que eu sou gay? Fico com medo das respostas, logo toca meu celular era Karina, ela sempre me perseguia fazendo ameaças, coisa louca mesmo eu nem dava bola para ela, todos diziam que ela era caidinha por mim, por isso sempre esperava que eu me separasse de Anitha sua irmã, mas eu nunca me interessei por ela, quando atendo meu celular ela vem logo gritando comigo, dizendo que iria contar para o pai dela que eu teria transado com Ani, me ameaçando desligo o telefone, quando penso que estou sossegado toca a campainha, era o jardineiro novo que minha mãe havia contratado, quando abro a porta quase caio de costas era um senhor de uns 50 anos e Pietro lhe digo oi e mando-lhes entrar.
Pergunto a Pietro oque ele estava fazendo em minha casa ele diz que seu pai é jardineiro e ele dá uma ajuda á ele, Pietro fica meio sem graça, seu pai começa a trabalhar, eu o convido para tomar um suco, faço mil perguntas a ele, descubro que ele é de família humilde e que ganhou uma bolsa da escola, ficamos conversando por muito tempo, eu não conseguia tirar o olho dele, acho até que percebeu, logo dá cinco horas da tarde, o pai dele o chama para ir para casa, me despeço, e lhe convido para voltar outras vezes.
Anitha vem até minha casa toda eufórica lhe pergunto oque ouve ela começa a falar, mas eu não tirava da cabeça o Pietro acabei não ouvindo nada, ela fica irritada por não prestar atenção no que ela disse e vai embora. No dia seguinte chego à escola com minha mãe, desço do carro, logo me deparo com Anitha beijando Pietro, fico transtornado parto para cima dele, e lhe dou um soco em sua cara quando vejo que ele está no chão começo a humilha-lo na frente de todos lhe chamando de filho de jardineiro e coisas do gênero, todos começam a rir de Pietro que fica com o rosto vermelho de vergonha e do soco, saio correndo pra sala logo entra Elber gritando: “Brian, Brian fiquei sabendo oque aconteceu, tu não quer que eu mande os manos dar uma surra nele” eu digo: “não deixa ele pra lá”, vou para o banheiro e vejo Pietro chorando não aguento, meu coração é fraco, e lhe peço desculpas, ele enxuga as lágrimas e aceita minhas desculpas, eu em um gesto louco lhe dou um abraço ele felizmente retribui, peço que ele vá a minha casa depois da escola, saímos os dois do banheiro, eu faço questão de lhe cumprimentar na frente de todos que não entendem nada, Anitha vem me pedir desculpas eu a ignoro, digo apenas que depois nos conversávamos.
Pietro chega a minha casa, ele estava bem arrumado, deu para perceber que aquela era sua melhor roupa, o mando entrar, ele meio envergonhado senta-se no sofá, começo a lhe perguntar por que ele fez aquilo, ele diz que Anitha estava dando bola para ele, e que não conseguia mais ficar ignorando-a, comecei a ficar nervoso com a ‘cara de pau’ dele, vou até o banheiro, meus olhos flamejavam como brasa, percebo que Pietro estava atrás de mim, ele se aproxima e diz quase chorando que fez aquilo por que desde o primeiro momento em que ele me viu não conseguia, me tirar de sua cabeça, tento relutar digo que não gostava de homens tanto que namorava Anitha, então ele se aproxima mais e disse “então me diga de quem você sentiu ciúmes, de mim ou dela?”, sem resposta, tento sair do banheiro ele me agarra pelo braço, ao tentar me beijar o empurro, ele bate a cabeça na pia, fico com medo, mas ele estava bem, faço alguns curativos, ficamos calados por alguns instantes, ele levanta-se para ir em bora eu lhe puxo, caímos no sofá, começamos a nos beijar, aquilo era bom, meu corpo vibrava a cada toque, mas meu consciente fala mais alto, me levanto rapidamente Pietro se assusta, ele me abraça começo a chorar.
No dia seguinte acordo com uma grande dor de cabeça, que piorava quando pensava no que havia acontecido, digo a minha mãe que não quero ir para a escola, ela me entende, fico a manhã inteira pensando no Pietro até que toca a campainha, quando abro a porta me deparo com Anitha, ela entra sem pedir licença, não aguentava mais àquela situação e digo a ela sem rodeios que queria terminar o namoro, como de costume ela arma um barraco começa a quebrar as coisas da minha casa, até que eu a puxo para fora, consigo arrumar tudo a tempo de minha mãe chegar, vou para a academia, chegando lá encontro Elber.
- E ai como você está?
- Estou bem apesar de tudo que vem acontecendo, acabei de terminar meu namoro Anitha.
- E como ela reagiu?
- Nossa ficou transtornada.
Ficamos Elber e eu conversando durante um bom tempo, decido ir para casa, no caminho me encontro com Pietro, quando o vejo meu coração dispara, fico eufórico, ele vem em minha direção.
- Oi, porque você não foi à escola hoje?
- Que pergunta né, você sabe muito bem o motivo.
- Será que eu posso ir à sua casa hoje?
- Sim vamos agora, minha mãe vai demorar.
Começamos a caminhar, Pietro fica me encarando de uma forma carinhosa, começo a sorrir, ele avança para cima de mim e tenta me dar um beijo no meio da rua.
- Você está ficando louco?
- Eu amo seu beijo sabia!
- Tudo bem, mas não precisa ser aqui na rua, vamos pra minha casa!
- Tudo bem...
Chegando à minha casa ele me abraça e começa a me acariciar, me espanto com a atitude dele, mas ao mesmo tempo gosto de seus carinhos, deitamos no chão, ele encosta sua cabeça em meu peito, sentindo os batimentos do meu coração.
- Nossa seu coração está acelerado.
- Estou um pouco nervoso...
- Será que eu posso te acalmar?
- Sim.
Ele começa a beijar loucamente, fico em êxtase, o cheiro dele me fazia delirar, começo a tirar a roupa, acordo abraçado com Pietro despido em minha cama, vou até a cozinha, estava com muita fome decido fazer um lanche, tomo um pouco de suco quando sinto os lábios dele em meu pescoço.
- Tá com fome?
- Acordei com muita fome, vamos assistir a um filme depois?
- Vamos sim, quero ficar com você, te abraçar e dar muitos beijos.
- Bobo, nossa foi muito bom ficar aqui com você hoje... Eu nunca pensei que pudesse dormir com um homem.
Nesse momento começo a chorar, estava com medo de que pudesse me arrepender depois, Pietro me abraça forte, sinto muita segurança em seus beijos e carícias, Ficamos o resto do dia em minha casa, minha mãe chega do trabalho, mas nem se incomoda com a presença dele, peço á ela se Pietro poderia dormir em minha casa, minha mãe concorda, aquela noite foi a melhor de todos, muitos beijos abraços, adormecemos “grudados”.