- Brian, Brian! Acorda, sou eu o Júlio!
- O que houve comigo?
- Você ficou um tempo desacordado, espera os médicos já estão chegando.
- Então você é o famoso Brian Gomes? Dissera o médico indagando-me.
- Sou eu, mas o que houve comigo como eu vim parar aqui?
- Bom você teve uma pequena queda de pressão arterial, mas já está bem.
- Doutor quando meu filho pode sair?
- Hoje ainda, bom tenho que ir, sua alta já está assinado.
- Estou muito feliz que você esteja bem Brian, quando sua mãe me ligou, fiquei com muito medo de que você pudesse me deixar. Após falar aquilo Júlio ficou vermelho de vergonha, eu tentando contornar a situação acabei o ironizando.
- AH! É claro assim você deve ter desejado que eu me mandasse logo para não te dar mais trabalho né? (sarcasmo)
- Ai... Mentira, bobo! Nem fala uma coisa dessas.
- Vamos logo pra casa meu filho, mandei a empregada arrumar seu quarto e fazer um bolo de chocolate que você adora.
- Mãe cadê o Pietro?
Minha mãe e Júlio se trocavam olhares de pânico, parecia que alguma coisa muito séria havia acontecido com Pietro, mas eles relutavam em me contar.
- Vai mãe fala onde ele está!
- Filho... O médico disse que você não pode passar por emoções fortes.
- Mas eu quero saber onde ele está me diz, por favor!
- Ele sumiu Brian, depois que seu pai o deixou na clínica eu o vi carregando alguém dentro do carro, mas como eu não pudera sair de lá, não tive chance de ver quem era.
- O que? Júlio será que meu pai matou o Pietro?
- Nós ainda não sabemos filho, é uma questão de tempo.
Após sete meses em busca do meu amor, meu já se coração se comprimia para dar lugar à solidão que a falta de Pietro me causava, nem mesmo a família dele sabia onde estava aquele que eu um dia amei, insanamente. O natal já se aproximava, mas especificamente faltava um mês, para as festividades, não havia percebido como o tempo tinha passado tão rápido, Nove meses atrás eu era apenas um garoto normal, meio confuso com a vida, mas era tido como “normal” por todos, agora sou um jovem só em busca de um homem que desapareceu, talvez por intolerância do meu pai, ou talvez por minha culpa.
Júlio cada vez mais me fazia companhia, minha mãe o convidou parar morar conosco, estudávamos na mesma escola, sentia algo diferente por ele, não sabia se era amor, mas não poderia entrar em outra relação enquanto não soubesse notícias do Pietro, á uma semana da viagem de minha mãe á Portugal, decido vender todos os meus pertences, para viajar pelo país em busca do meu amor, á princípio Júlio achou loucura.
- Você bebeu?
- Não eu não bebi, mas eu consigo viver sem saber o que houve com o Pietro Júlio!
- Eu não posso deixar você fazer isso é loucura, você vai viajar por todo o país pra procurar um cara que nem sabe se está vivo? Nesse instante ele percebe a gafe que ele cometera.
- Olha me desculpa, mas eu quero proteger você, não faz isso!
- Tudo bem, mas eu não vou desistir tão fácil assim eu vou atrás dele, nem que eu tenha que procurar em cada canto do país!
- Ai meu Deus! Tudo bem, mas eu vou com você, não posso te deixar sozinho por ai.
- Ok! Mas como nós vamos viajar por todo o país, se formos comprar passagens de ônibus vão sair muito caras.
- Tenho uma ideia! Um amigo meu trabalha em um ferro-velho podemos comprar um carro usado.
- O que? E esse negócio aguenta viajar tanto assim, não sei, mas não custa tentar.
Fomos até o ferro-velho, chegando lá achamos um carro bem em conta, porém muito deteriorado, mas não havia alternativa. Partimos de nossa cidade ao clarear do dia seguinte, viajamos oitenta quilômetros sem parar, até chegarmos a um posto de gasolina, um lugar que parecia estar abandonado, Júlio desce para abastecer o carro e propositalmente tira a camiseta alegando estar muito quente, seu corpo estava escultural, ele era lindo, sua pele brilhava a cada raio solar, seu suor percorria seu abdômen, que me deixava cada vez mais excitado por tocar poder tocar aquele corpo divino, e para finalizar seu sua apresentação exibicionista Júlio joga água por todo o corpo, ele sabia que de certa forma ele me atraia, mas a incerteza que havia sobre o Pietro me angustiava ao extremo.
Já era noite e não conseguíamos encontrar nenhum hotel, não havia opção á não ser estacionar o carro em um local seguro e dormirmos ali mesmo.
- Pronto como vamos fazer para não ficar muito desconfortável?
- A Júlio não sei, não tem como deitar os bancos do carro?
- Acho que não, eles foram amarrados para não cair. (risos)
- Que droga e agora em?
- Bom, vamos revezar você deitar-se no meu colo, depois eu deito no seu.
- É... Não tem alternativa né!
- Vem dorme logo!
Ele começa a fazer um afago em minha cabeça, seu cheiro era muito bom, me envolvia em seus braços fortes, me sentia protegido e ao mesmo tem inebriado, por seu perfume. Após aquela noite parecia que meu corpo estava quebrado, acordo primeiro e fico á observar o rosto do Júlio, ele parecia um anjo, todo torto, mas mesmo assim estava fofo, ele começa a abrir os olhos e já resmunga por conta da dor em suas costas.
- Nossa eu estou dolorido, parece que dormi no chão.
- Desculpa a culpa foi minha não devia ter o deixado dormir assim.
- Fica tranquilo, agora nós temos que procurar um hotel mais próximo.
- Verdade, mas parece que não há nenhum!
- Vamos continuar procurando.