Ele me levava á seu abdômen, se insinuando a todo o momento, até que minha mãe abre a porta e nos pega em uma cena um tanto constrangedora.
- Brian, Júlio, o que significa isso?
- Mãe desculpa...
- Eu não quero saber dessas nojeiras dentro da minha casa!
- Como? O que você disse mãe?
- Foi isso mesmo que você ouviu, já basta você ter sido abusado sexualmente, agora isso?
- Meu Deus, eu nunca pensei que você pensasse dessa forma, quer dizer que por eu ser gay não posso ter relações sexuais?
- Não aqui na minha casa, se vocês quiserem vão para um motel, ou na rua como vocês sempre fazem.
- Eu tenho nojo de você, pode ficar com a droga da sua casa, e quer saber eu transei com o Pietro em sua cama!
- Agarro Júlio pelo braço e o puxo para fora, as lágrimas brotavam de meu rosto de uma forma incontrolável, chegando fora de minha casa ele me abraça, o que me traz certo conforto, ficamos ali por alguns instantes pensando em uma solução para tudo aquilo.
- Júlio?
- Fala meu anjo!
- Acho que nós deveríamos ir embora daqui, eu posso trabalhar a gente se vira.
- Você tem certeza disso?
- Claro, não quero mais conviver com a minha mãe, ela se mostrou igualzinho ao meu pai.
- Tudo bem vou pegar suas coisas e irmos para um hotel.
Fico ali fora pensando em como seria minha vida dali pra frente, a todo instante vejo vultos á minha frente, minha mente, mórbida e sutil, já não se calava mais diante de tanta tragédia, precisava sair daquele buraco, começo a me alegrar e solto um pequeno sorriso, avisto Júlio com todas aquelas malas e vou correndo ao seu encontro, eu tinha que fazer aquilo, não poderia esperar mais nenhum minuto, sinto meus lábios se cruzarem com os dele, seu beijo era doce, marcante, demonstrava paixão, tudo começa a vazar de minha alma, toda aquela amargura que sentia antes parecia estar indo embora, recosto minha cabeça sobre seu ombro e vejo que minha mãe nos observa da sacada de seu quarto. Saímos dali felizes, encontramos um hotel simples, porem aconchegante, o que eu mais precisava nesse instante era o amor de Júlio. Ao anoitecer ainda estava ali junto ao seu corpo, percebo uma grande protuberância em suas calças, meu desejo ia além do sexo, era amor, minhas mãos percorriam seu corpo explorando cada músculo, sua pele era como seda envolta a minha alma, de mãos dadas começa a explora com minha boca cada centímetro dele, começava então o sexo oral, percebia que ele afagava meus cabelos e a todo instante me olhava nos olhos, era intenso, rígido, quente, e para meu deleite era com meu amor. O movimento de se corpo ao penetrar o meu, fazia-me flutuar e a cada estocada sentia-me satisfeito, seu suor escorria por minhas costas, descendo sobre minhas nádegas que nesse instante estavam preenchidas por aquele membro lindo, ao terminar estávamos exaustos, deitei sobre seu corpo e adormeci. Abro meus olhos, vejo uma luz forte adentrando nosso quarto, procuro por Júlio em nossa cama, não obtendo sucesso, decido então ir ao banheiro afinal precisava de um bom banho, começo e me ensaboar e ouso a porta do apartamento abrindo, corro para ver se era Júlio e lá estava ele lindo, com algumas sacolas não e carregando um coração de pelúcia, comecei a rir dele.
- Sério? Uma pelúcia pra mim, não acha que já estou um pouco velho para isso?
- Amor... Você vai ser sempre meu bebê. Eu te amo!
Era tudo que eu queria ouvir, meu amor por Júlio aumentava cada dia mais, ele finalmente conseguiu um bom emprego e aos poucos eu voltava a rever meus amigos.
- Elber?
- Brian! Não acredito nossa você está lindo!
- O que como é que é?
- Rsrs... Eu resolvi me assumir depois que todos souberam o que houve com e o Pietro.
- Espera! Primeiro desde quando você é gay e como o pessoal da escola ficou sabendo que eu sou gay?
- O Pietro contou tudo pra Anitha.
- O que? Aquele desgraçado queria mesmo acabar com a minha vida.
- Amigo esquece ele, mas e como você está?
- Agora estou ótimo, sai de casa e estou morando com o Júlio.
- Quem é Júlio?
- Rsrs... Eu o conheci na clínica de reabilitação, sabe acho que estou apaixonado por ele.
- Oh... Que lindo e como ele é?
- Ah... Lindo.
A conversa com Elber foi longa, mas já era hora de voltar para casa, tinha saído para compra algumas frutas pra casa e ainda tinha que pegar o almoço. No cominho de volta avisto uma pessoa que era muito familiar, mas não conseguia ver bem quem era, pois estava longe demais, começo a me aproximar e para minha total surpresa vejo Marcelo parado ao lado e uma moto.
- Olá Brian como vai?